Kanata, protagonista da história, junto com Aries, no fundo, e a nave Astra. [x] |
Esse mangá não é perfeito, mas ele é muito interessante. A primeira coisa que gostaria de destacar é: ótimo trabalho da Devir. Excelente tradução e localização, com brindes atrativos e preço razoável, considerando o custo-benefício. Só encontrei um erro de impressão (as letras estavam fora dos balões em uma página do volume 5). O enredo é intrigante, cheio de nuances. Apesar da história começar meio morna, ela começa a ganhar forma a partir do volume 2 e no volume 3 alcança um ponto que você fica com a pulga atrás da orelha.
A nossa principal crítica é sobre a qualidade gráfica do mangá. Infelizmente, o autor não fica demorando nos detalhes, as imagens não são tão bem desenhadas, nem mesmo os cenários. Poucos são os momentos que a gente repara na beleza dos mundos explorados. A quadrinização é boa, ao menos. Mas isso não tirou o mérito da obra. É só que, né? A gente gosta dos detalhes, das coisas que deixam o mangá com um jeito todo especial.
Da esquerda pra direita, de cima pra baixo: Charce, Kanata, Zach, Luca, Aries, Yunhua, Ulgar, Funicia e Quitterie [x] |
O principal elogio é: desenvolvimento dos personagens. Sem dúvida cada um deles é tão marcante que fica difícil de não lembrar as características de cada um deles. Isso é um fato extremamente positivo, levando em consideração que são nove personagens principais. As complexidades deles são sempre respeitadas, todas as nuances e as trajetórias são bem apresentadas. Ninguém ficou sem passado, a gente tem como criar uma certa ligação.
Outro ponto que vale destacar no mangá é o encadeamento de ideias. Por trás de ser uma história que trata de nove jovens perdidos no espaço, tem um grande mistério: alguém levou eles para lá e tem um(a) sabotador(a) entre eles que está tentando matar toda a tripulação. Mistérios podem perder a graça quando ficam óbvios ou quando não fazem sentido algum. Nisso, o autor foi muito bom: colocou diversas pistas sobre quem está por trás de tudo. Tudo ficou bem encaixado no final e a conclusão foi muito boa.
Os temas tratados foram ótimos para serem discutidos entre os membros da Call de Mangás, também. Os temas são spoilers, viu? Mas vou colocar alguns deles: clonagem, que é o assunto principal e que gera muita polêmica (quem não viu O Clone tá perdendo, viu!?); também tem abandono afetivo parental (nome chique pra pais e/ou responsáveis que não cuidam adequadamente dos filhos, apesar que vai ter gente falando que não é bem assim... Mas é também... Só lendo pra entender); e é claro, investigar quem é que tá sabotando!
Tem até capítulo de praia! A Quitterie aproveitando. [x] |
Esse mangá é o guia simples para um mangá bem pensado. Você pode não ter artes de tirar o fôlego, ou a história mais profunda do universo, mas tudo é pensado e as coisas acontecem naturalmente. O andamento é outro ponto a elogiar. Até porque lemos dois mangás bem fraquinhos das últimas vezes e o Kanata no Astra deu esse fôlego comparado com eles. Não tem tanto texto, tem alguns momentos de emoção, outros de ação. E o protagonista também é muito carismático, o que ajuda a se encantar pela série também.
Bom, se você ficou querendo ler, o mangá tá disponível para compra na AmazonBR (clica aqui). Se quiser mais informações sobre o mangá, tem informações no MyAnimeList também, só acessar aqui. Bom, essa foi mais uma leitura concluída. Ah, a sugestão foi do Kane, mas como ele não participa mais, acabou sendo do Aeztyr. A próxima leitura será Pluto, indicação da Mika. Nos vemos no final do ano!
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