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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Não espere muito desse mangá ou sobre como isso não é um romance

setembro 19, 2022 Posted by Debauchy Tea Party No comments

Os personagens de Game Yaru. Fonte: Volume 3

Oi, pessoal! Não, esse texto não será muito malvado, apenas está trazendo verdades sobre a obra Game Yaru kara 100-en Kashite!, de Nakano e Zawa. Na volta da Call de Mangás depois dos eventos de aniversário, estávamos ansiosos por um mangá que chamasse nossa atenção. Infelizmente não foi o caso da obra sobre Sugita, um funcionário relativamente novo de uma empresa, e sua chefe Yumihara, amante de jogos antigos. Ainda que não seja uma obra ótima, agradecemos a indicação de Welt, um dos membros da nossa querida call.

Basicamente, o que matou a obra foi a própria história. Existe uma dificuldade do roteiro em se tornar cativante, em trazer pontos que sejam interessantes. Tudo nele é bastante falho. Vamos começar falando de algo que poderia ser muito bom, se fosse bem-feito: é uma história muito simples. Como todo romance, tudo precisa ficar complicado. Porém, a complicação nesse mangá vem do casal, que finge não saber o que cada um sente e precisam passar por situações embaraçosas para, enfim, virar um casal. A simplicidade do mangá era um trunfo que foi perdido, já que tudo foi escalando em uma proporção desnecessária.

O enredo simples é o seguinte: Yumihara é uma funcionária da gerência de uma empresa e cuida de vários outros empregados, entre eles o Sugita. Um dia, durante o horário de almoço, o rapaz resolve almoçar em um restaurante com temática de jogos, e lá encontra sua chefe. Esse restaurante serve uma comida muito ruim, mas tem joguinhos nas mesas, joguinhos antigos. Até aí, a gente pode pensar: "Nossa, que máximo, né? Eles vão explorar jogos antigos e vai ser tão nostálgico...". Só que não. Na verdade, essa é a pior parte do mangá, já que só a gerente que fala sobre os jogos. Aliás, são versões pirata dos jogos – o que não seria ruim de ser explorado, já que isso é real e poderia "conversar" com o enredo. Mas ao falar da versão original, passa horas falando e falando até cansar. Eu sei que isso é spoiler, mas se eu não falar o quanto é frustrante, você vai ficar achando esse mangá horrível demais.

Mais versões chibi, porque sim! Fonte: Volume 2

Na história, há a inclusão de personagens novos interessantes: uma é a garçonete (Hayakama) que faz tudo do restaurante que eles frequentam; os outros são os animais acolhidos da rua que acabam por ajudar a fazer do restaurante um sucesso. Mas a garçonete não é acionada muitas vezes e os animais menos ainda. É uma pena, pois conseguem trazer um pouco mais de vivacidade e momentos interessantes nesse mangá que é tão chato. No final, ainda tem a ex-namorada de Sugita, a ex-chefe dele, Sakashima. Apesar de ter uma personalidade duvidosa, ela conseguiu mandar o recado dela e se desenvolver.

Apesar disso, existem as tentativas dos autores em trazer coisas interessantes. Os quadros finais dos capítulos são até legais, mas nem todos. Acredito que alguns dos caminhos da história poderiam ter sido mais bem explorados, mas o fundamento tá lá, seria muito mais interessante percorrer outras ideias. Alguns poucos assuntos também serviram para discussão, como é o caso do casamento arranjado ou de perseguição. Só que nada foi tão bem-feito a ponto de ser digno de elogio de verdade.

Não foi uma boa leitura e não tivemos muitas discussões. Foram 3 volumes de um pouco de enrolação, mas foi uma leitura já feita, né? Na próxima vez iremos falar de Bambi to Dhole, outra comédia romântica. Por enquanto, já adianto que também não é um dos melhores mangás, mas tá tendo discussão, então conteúdo não vai faltar! Até!

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