Kiseijuu (Parayste), obra de Iwaaki |
Podem acreditar ou não, mas a escolha de Kiseijuu (também conhecimento popularmente como Parasyte), obra de Hitoshi Iwaaki, veio depois que não tinha nenhuma sugestão prontamente apontada pelos membros da Call de Mangás. Sim, a maravilhosa obra de Iwaaki só foi lida por causa da indicação da Mika e porque o Aeztyr decidiu que seria. Mas vamos ao que interessa que é a resenha de sempre, não é mesmo?
Kiseijuu conta a história de Shinichi Izumi, um jovem rapaz do ensino médio que vive em um momento de invasão alienígena: parasitas se apoderam do corpo humano, perfurando seus cérebros e assumindo o controle de seus corpos. Ao falhar em penetrar o cérebro de Izumi, Migi – nome dado por Izumi – se apodera da mão do aluno do ensino médio. Eles aprendem a conviver um com o outro e também devem se relacionar tanto com os parasitas quanto com os humanos, que acabam por viver em um certo clima de guerra.
Shinichi quer ser apenas um jovem comum |
Talvez seja difícil abordar apenas um tema que o mangá trata. Afinal, não é apenas uma guerra entre humanos e parasitas. Temos questões que passam desde a política e como ela é manipulada em favor dos interesses de certos grupos, passando por reflexões sobre os problemas que o meio ambiente sofre pela interferência do ser humano, ou também questões sobre como precisamos ser decisivos em diversas situações da vida. Kiseijuu é sinônimo de reflexão o tempo todo e também há muito espaço para interpretações pessoais sobre o que acontece durante a série.
Shinichi Izumi passa por muita coisa durante toda a história. Isso ajuda a abrir espaço para falar sobre a juventude e como deveríamos aproveitar melhor ela. Afinal, o nosso protagonista só gostaria de voltar para o cotidiano normal que ele levava. Exposto em diversas situações limite, a todo momento ele teve de decidir rapidamente o que era o mais correto para o momento. O processo que ele leva é o mesmo raciocínio desses seres predadores de humanos: eles comem pessoas para sobreviver. E isso é um nó muito problemático que se prolonga por toda a história.
Migi, o parasita da mão direita |
Apesar do clima pesado em relação ao sentimento de ser predado por parasitas, o mangá também mostra a perspectiva desse parasitas, o que enriquece a trama. Outros personagens são inseridos na história e, grande parte deles, sendo humanos ou parasitas, mostram outros ângulos sobre o fenômeno que está ocorrendo. O próprio Migi e sua existência um tanto "pacífica" – no ponto de vista humano, ele seria pacífico – mostram que os parasitas também são seres complexos.
Outro ponto que é preciso de ser destacado é como a arte do autor foca muito na transmissão dos sentimentos através do olhar. Raiva, frustração, tristeza, medo, coragem... Todos os sentimentos dos personagens eram transferidos para quem lê através do olhar. E isso contribuiu muito para o andamento da história e do desenvolvimento dos personagens e suas personalidades.
Um dos mangás mais interessantes da Call de Mangás, Kiseijuu (Parasyte) foi lançado pela Editora JBC aqui no Brasil. Para comprar os seus volumes, basta acessar esse link. Apesar de ter sido um anime relativamente famoso, o mangá, ainda que ambientado à epoca (décadas de 1980 e 1990) não deixa nada a desejar. Esperamos vocês na próxima postagem. Até!
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